Histórico
HISTÓRICO
O CIGE passou efetivamente a funcionar com a ativação do Núcleo de Implantação do Centro de Instrução de Guerra Eletrônica (NICIGE), criado pela Portaria do EME n° 07, de 11 de fevereiro de 1985, cujo primeiro Chefe foi o Cel Com QEMA HUMBERTO JOSÉ CORRÊA DE OLIVEIRA.
No entanto, sua implantação na cidade de Brasília demandou um minucioso estudo (Estudo n°001/85 - CCCAGE – localização do Centro de Instrução de Guerra Eletrônica (CIGE), pois mesmo tendo escolhido seu local, havia surgido dúvidas e opiniões contrárias à sua construção na Capital Federal. As alegações contrárias baseavam-se na possível interferência que poderia ocorrer na Estação Receptora do Paranoá, que prejudicaria o Serviço Rádio Ministério do Exército e no Centro de Recepção de Rádio de Brasília. Contudo, o estudo, chefiado pelo Coronel Corrêa, teve como objeto 6 (seis) áreas do território nacional e acabou por decidir como área mais favorável de Brasília.
Para viabilizar a implantação do CIGE, priorizou-se inicialmente as ações relacionadas à formulação de doutrina e à capacitação de Recursos Humanos, destacando-se:
- a realização de cursos no exterior na Alemanha, na França, na Inglaterra e nos Estados Unidos da América, com vistas à formação de um núcleo de instrutores no CIGE;
- a aquisição de um Módulo Básico Experimental de Guerra Eletrônica (MBEGE) para atender às necessidades de qualificação de militares na atividade de Guerra Eletrônica;
- as visitas a instalações fabris e militares no exterior, tendo como objetivo colher informações técnicas e doutrinárias; e
- a formulação da doutrina de Guerra Eletrônica do Exército Brasileiro.
Quanto à formação, a primeira turma de especialistas em Guerra Eletrônica do Exército Brasileiro, a chamada "Turma Pioneira", foi diplomada em 24 de novembro de 1989. Compunha-se de 28 (vinte e oito) militares, sendo 01 (um) oficial superior do Corpo de Fuzileiros Navais, 15 (quinze) oficiais intermediários e 12 (doze) subtenentes e sargentos do EB.
Em virtude da projeção que a Guerra Eletrônica alcançou dentro do Exército Brasileiro e com a criação da 1° Companhia de Guerra Eletrônica foi necessário a integração dos vetores operacional, logístico e de ensino, fazendo com que o CIGE mudasse a sua denominação para Centro Integrado de Guerra Eletrônica e a partir de 13 de março de 1998 o CIGE iniciou suas atividades sob nova denominação.
Com a extinção do Centro Integrado de Guerra Eletrônica e a ativação do Centro de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército (CCOMGEX), renasce, em 20 de fevereiro de 2009, o Centro de Instrução de Guerra Eletrônica, a “Alma Mater da Guerra Eletrônica” do Exército Brasileiro, mantendo a mesma designação militar da OM criada pelos pioneiros na década de 80, a mesma sigla, a mesma insígnia e o tradicional distintivo de OM que ostenta a clássica estrela de 5 pontas, representativa de Escola na heráldica portuguesa.
Além das atividades de Guerra Eletrônica (GE), o CIGE é a OM pioneira no Exército nos assuntos Guerra Cibernética (GCiber), sendo considerado o “Berço da Guerra Cibernética”. Por intermédio da Portaria Nr 063-DCT, de 31 de janeiro de 2007, o Centro tem organizado desde então estágios para oficiais e para Cadetes da AMAN.
Com o advento da Estratégia Nacional de Defesa, o CIGE sediou em 2010 o I Seminário de Defesa Cibernética das Forças Armadas, evento esse que marcou as primeiras discussões doutrinárias e estruturantes do Setor Cibernético no Ministério da Defesa e nas Forças Armadas.
Recentemente, as instalações e o QC do CIGE foram reformulados para contemplar o corpo docente e operacional da Guerra Cibernética. Dando prosseguimento à vocação no ensino, desde 2012, o CIGE realiza, anualmente, o Curso de Guerra Cibernética, destinado a oficiais e praças das três Forças Armadas, com a participação de diversos palestrantes do meio acadêmico, empresarial e militar.
Em 2016 organizou e sediou o I Estágio Internacional de Defesa Cibernética para Nações Amigas e contou com a participação de diversos países, incluindo Alemanha, Chile, Angola, Argentina, entre outros, além de representantes das Forças Armadas Brasileiras.
Ao longo de mais de três décadas, as Atividade de Guerra Eletrônica e recentemente da Guerra Cibernética vem se reinventando e ganhando força e vigor em seu Centro de Instrução, herdeiro e guardião das tradições da GE e GCiber e orgulho das várias gerações que o construíram e o mantêm pujante e em constante modernização.